Atendimentos clínicos com Pilates: como adaptar os exercícios em casos de limitação articular

 

Pacientes com limitação articular representam um desafio frequente no atendimento clínico com Pilates. A restrição de movimento pode ser consequência de cirurgias, processos inflamatórios, traumas ou doenças degenerativas, e exige do profissional um olhar clínico apurado para adaptar exercícios sem causar dor ou prejuízo funcional.

O primeiro passo é avaliar detalhadamente o grau da limitação, identificando quais movimentos estão restritos e o que causa essa limitação — seja dor, rigidez, instabilidade ou edema. Essa análise deve ser feita de forma dinâmica, observando como o paciente se movimenta no dia a dia, para que o plano de exercícios respeite sua funcionalidade real.

Na prática, a adaptação dos exercícios passa por reduzir a amplitude articular, utilizar apoios e acessórios que facilitem o movimento e priorizar padrões motores seguros. Por exemplo, para um paciente com limitação de flexão de quadril, é possível realizar exercícios com superfície inclinada ou com apoio de rolo, evitando compensações que sobrecarreguem outras articulações.

Outro aspecto importante é trabalhar a ativação muscular sem forçar a articulação comprometida. Técnicas como contração isométrica, exercícios em cadeia cinética fechada e foco no controle motor são eficazes para melhorar a estabilidade sem aumentar o estresse articular.

O Pilates também permite trabalhar a mobilidade de segmentos adjacentes, melhorando a funcionalidade global do paciente. Muitas vezes, a limitação em uma articulação pode ser amenizada com ganho de mobilidade e força nos músculos ao redor.

É fundamental monitorar constantemente a resposta do paciente aos exercícios, ajustando progressões e regressões conforme a tolerância e os sinais clínicos. Dor intensa, edema ou aumento da rigidez indicam necessidade de revisão imediata do protocolo.

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